Na língua padrão, a regência verbal de "chegar" exige a preposição "a" e não a preposição "em". Assim, vejamos algumas construções corretas:
Chegamos a Quixadá hoje cedo. (e não Chegamos em Quixadá)
Chegamos ao restaurante pontualmente. (e não Chegamos no restaurante)
Chegamos a Fortaleza com meia hora de atraso. (e não Chegamos em Fortaleza)
Ao chegarmos ao local combinado, fomos surpreendidos. (e não Ao chegarmos no local)
Quando chegamos à piscina, todos já haviam saído. (e não Quando chegamos na piscina)
Atenção: A regra vale para outros verbos que designam movimentos (ir, vir, voltar...):
Fomos à praia. ( e não Fomos na praia)
Voltamos ao local do acidente. (e não Voltamos no local)
Observação: Na linguagem coloquial é admitido o emprego da preposição "em", porém evite-o na linguagem escrita e na linguagem falada em ocasiões que exigem a língua padrão.
Nota: Quando usados como intransitivos, em construções do tipo "Chegamos cedo", temos um sujeito (nós), um verbo intransitivo (chegamos) e um adjunto adverbial (cedo), razão por que não se exige a preposição.
.
Excelente. Dicas que me preservam de cometer equívocos são de importância muito grande. Obrigado
ResponderExcluirCiro.
Chegar não indica movimento. Fomos à praia. Chegamos na praia.
ResponderExcluirIndica, sim senhor, se você chega é porque saiu de um lugar pra outro!
ExcluirFernando Ortega tem razão. Tanto faz chegar a ou chegar em. O que é errado é letra minúscula depois de ponto, como o pedante ditador de regras faz.
ResponderExcluirLegal fera, responda isso na prova e seja feliz
ExcluirA estrita obediência às atuais regras gramaticais sugere que se use a preposição "a" e não a preposição "em". Portanto, "chegar a algum lugar" e não "chegar em algum lugar".
ExcluirObrigado Robério!
ResponderExcluir"Chegando à rua, o médico estava completamente namorado". " (Machado de Assis, C. Fluminenses, 107).
Então.... se é com preposição a.. porque que falamos Chegar a Brasília não é craseado?????
ResponderExcluirPorque o substantivo BRASÍLIA não exige o artigo "a". Diz-se "Venho de Brasília" e não "Venho da Brasília". Do mesmo modo "Chegamos a Brasília" e não "Chegamos à Brasília".
ExcluirRoubaram a crase em Brasília.
ExcluirMeu, crase não é só preposição; tem também o artigo. Não se usa artigo com Brasília! Vc mora em Brasília ou na Brasília? Só se for na sua Brasília amarela! Agora, se vc chegar à Itália, aí tem crase!
ExcluirSe: Volto "DA" crase há
ExcluirSe: Volto "DE" crase para quê
Se volto "DE" Brasília crase pra quê?
Chegamos a Brasilia.
Se volto "DA" Itália crase há
Chegamos à italia.
Ok, mas o que utilizamos na hora de dizer a frase "Cheguei em casa"? Não tem como utlizar a/ao nesse caso.
ResponderExcluirConcordo. Por questão de eufonia, a preposição "a" não tem boa recepção no exemplo trazido por você. Entretanto, num concurso público, por exemplo, a preposição "em" deve ser evitada. Seria então "Cheguei a casa" (sem crase, a menos que o substantivo "casa" tivesse um complemento: "Cheguei à casa de meus pais". Obrigado pela contribuição.
ExcluirE "Cheguei a minha casa"? Pode ser também?
ExcluirPode, sim. No exemplo trazido por você, a crase é facultativa, uma vez que é facultativo o emprego de artigos antes dos pronomes possessivos. Assim, também ficaria correto: "Cheguei à minha casa".
ExcluirObrigada!
ExcluirSeja bem-vinda.
ExcluirRobério, quando é a própria casa, não há crase. Foi assim que aprendi, não é?
ExcluirQuando é a própria casa, não há crase. Não é? Foi assim que aprendi.
ExcluirChegamos a casa e chegamos em casa não tem diferença de sentido. Veja 0 chegamos em casa denota que a casa é sua e chegamos a casa pode ser outra qualquer? Por favor respondam
ResponderExcluirPor questão de eufonia, o melhor é dizer (e escrever): "Cheguei em casa".
ExcluirRobério, se a questão é tão-somente a famigerada cacofonia, penso que não há motivos para se ESCREVER: "cheguei em casa". Não acha?!
ExcluirA propósito, excelente blog. Parabéns.
Abraços!
Gerson, muito obrigado pelas palavras. Quanto à pergunta, vamos lá. Embora a preposição EM posposta ao verbo CHEGAR esteja cada vez mais em uso, infelizmente a norma padrão ainda censura essa regência. Assim, caso a questão seja colocada em uma prova, melhor optar por "Cheguei a casa". Obrigado mais uma vez.
ExcluirRobério, queria parabenizá-lo pelo excelente conteúdo que trás em seu blog, este post mesmo me ajudou bastante. Gostaria de saber se você já possuí um post antigo explicando a diferença entre "onde" e "aonde" pois já li em outros blogs que um expressa movimento ou algo do tipo, mas minha dúvida ainda persiste. Poderia me ajudar?
ResponderExcluirSelton, muito obrigado. Temos, sim, uma matéria em meu blog:
Excluir.
http://portuguesdidatico.blogspot.com.br/2014/01/a-diferenca-entre-onde-e-aonde.html?showComment=1445529810547#c6856130271679868874
Muito obrigado, desculpe-me por ter mandado duas vezes a mesma mensagem, achei que a primeira não havia sido enviada.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Robério. Por quê "chegar a casa" não é craseado, já que o verbo chegar exige a preposição "a" e o substantivo é feminino?
ResponderExcluirOlá, Gustavo.
ExcluirA crase é de rigor quando o substantivo "casa" vier determinado por adjetivo ou locução adjetiva. Exemplos:
1 - O filho fez uma viagem à casa paterna.
2 - Fomos à casa de meu amigo.
Como se vê nos dois exemplos, "casa" tem significado de domicílio. Em se tratando de estabelecimento comercial ou residência oficial de chefe de Estado, a crase é de rigor:
1 - Fizemos uma visita à Casa Branca.
2 - Chegamos à Casa João.
Como fica quando usamos: chegou a tempo ou chegou em tempo
ResponderExcluirO que utilizamos na frase: "Chegou a tempo" ou "Chegou em Tempo"
ResponderExcluirChegamos a Tijuca é craseado?
ResponderExcluirQual a forma correta?
ResponderExcluirIgreja ''em'' (município) ou Igreja de (município)
O problema está em abrir mão para a inexistente linguagem coloquial. Fala errado escreve errado!
ResponderExcluirMAM
Caro Robério Fernandes,
ResponderExcluirNo topo de seu blogue, você destaca como uma espécie de ressalva:
"...Não é pelo fato desta página dedicar especial atenção ao português formal que sustentamos a sua imposição."
Não sei exatamente o que você quis transmitir ao assim se expressar, mas eu gostaria de dizer que se o "PORTUGUÊS FORMAL" não pode ser ou não deve ser objeto de imposição, certamente há de ser objeto de imprescindível aprendizado, como forma de preservação do vernáculo, como forma de aculturação, como forma de expressão castiça.
Claro que as variedades de uso de nossa língua são multiformes e peculiares a regiões, mas isso não significa que devamos, por assim dizer, "aplaudir" ou incentivar o uso inadequado ou errôneo da bela Língua Portuguesa.
http://historiaesuascuriosidades.blogspot.com.br/2013/06/historia-da-norma-padrao-na.html
ExcluirPrezado José Rubens Medeiros,
ExcluirEu quis apenas destacar (embora não esteja claro na ressalva) que o domínio da norma padrão serviu e continua servindo como mecanismo de diferenciação de classes sociais. Por exemplo, de praxe uma pessoa é preliminarmente mais bem conceituada quando tem um bom domínio da língua portuguesa do que um analfabeto (acesse o link acima, cujo texto é de nossa autoria). A imposição a que nos referimos é uma menção à rigidez da norma, a exemplo da proibição do uso do "me" no início de frases. Entretanto, não estamos defendendo o desregramento das normas como um todo (tipo "nós vai"), mas somente em alguns dos casos já consagrados pelo uso cotidiano. Por outro lado, por me autodenominar conservador de boas tradições, sou contrário a certos neologismos, notadamente quando são usados como mero ativismo.
Entendido, Robério Fernandes. Eu, particularmente, com salvaguarda de opiniões dissonantes, sou avesso a determinadas, digamos, "adaptações" da Língua Portuguesa não apenas a modismos, mas principalmente a hábitos provenientes do desconhecimento dela.
ExcluirCorretíssimas as explicações de Robério Fernandes.
ResponderExcluir