tag:blogger.com,1999:blog-87463675691512478202024-03-12T17:17:35.639-07:00PORTUGUÊS DIDÁTICOPágina dedicada ao uso oficial e formal da língua portuguesa, razão pela qual adotamos aqui o novo acordo ortográfico. A página também se dedica à publicação de curiosidades sobre a nossa língua. Não tem por finalidade funcionar como tira-dúvidas, o que não impede o lançamento de perguntas por parte dos usuários na parte destinada aos comentários. Sejam todos bem-vindos.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.comBlogger142125tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-41422593207604912712022-01-09T17:35:00.002-08:002022-01-16T15:36:32.980-08:00TINHA TRAGO OU TINHA TRAZIDO? TINHA CHEGO OU TINHADO CHEGADO?<p>Não existem os particípios "chego" e "trago". Portanto, são consideradas errôneas as frases do tipo: "Tinha chego" e "Tinha trago" (não confundir com "Eu chego" e "Eu trago"). </p><p>As formas corretas quando usamos os dois particípios são as seguintes:</p><p><i>Tinha chegado</i> e <i>Tinha trazido</i>. </p>Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-70986314317070982232017-07-15T18:28:00.003-07:002017-07-15T18:29:12.139-07:00ÁGUA BENTA OU ÁGUA-BENTA?O <em>Aurélio</em> consigna que, em se tratando da "água que<span id="D_DEF_LOC"> o celebrante benze e exorciza", devemos usar o verbete sem o hífen (água benta).</span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O hífen é de rigor quando se refere à cachaça (água-benta).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Vale lembrar que o <em>Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa</em>, que representa a voz oficial da Academia Brasileira de Letras, traz na referida obra o verbete <em>água-benta</em>, mas não informa seu significado, assim como não traz o significado dos demais verbetes, de maneira que ele é apenas uma referência à cachaça, e não à água utilizada pela Igreja Católica para benzedura e exorcismos.</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-71579631612556402952016-02-14T13:33:00.000-08:002016-02-14T13:33:12.179-08:00ZERO, MEIO, AMBOS, METADE, ÚLTIMO, PENÚLTIMO, ANTEPENÚLTIMO E METADE SÃO NUMERAIS?Meio, zero e ambos são numerais.<br />
<br />
Metade é substantivo.<br />
<br />
Último, penúltimo e antepenúltimo são adjetivos.<br />
<br />
Os ordinais (quinto, décimo terceiro, etc.) são numerais, assim como os multiplicativos (sêxtuplo, cêntuplo, etc.) e os fracionários: nono, treze avos, etc.<br />
<br />
Todos os ordinais também são numerais.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-86972801997354719902015-10-25T08:11:00.002-07:002015-10-25T10:11:33.934-07:00A DIFERENÇA ENTRE PERCA E PERDAA simples afirmação de que "perda" é um substantivo e "perca" é a forma conjugada do verbo "perder" não parece ser suficiente para esclarecer, na prática, as dúvidas em torno do emprego desses dois vocábulos. Então vamos para um método mais prático.<br />
<br />
<strong>Use "perda" sempre que se puder colocar antes dele um artigo (o, a, um, uma). Exemplos:</strong><br />
<br />
<br />
<strong>1.</strong> "Se a perda sofrida por ele foi tão grande assim, decerto está muito abatido".<br />
<br />
<strong>2.</strong> "A perda da roça deixou o agricultor entristecido".<br />
<br />
<strong>3.</strong> "Não me venha com essa de que a perda dos sonhos é motivo para não voltar a sonhar".<br />
<br />
<br />
<strong>Diferentemente da condição assinalada, não se admite o emprego de artigo antes de "perca". Exemplos:</strong><br />
<br />
<br />
<strong>1.</strong> "Não perca as esperanças, rapaz!".<br />
<br />
<strong>2.</strong> "Perca tudo, mas não perca o sonho de viver".<br />
<br />
<strong>3.</strong> "Esperamos que ele não perca o treino".<br />
<br />
<br />
<strong>CUIDADO:</strong><br />
<br />
<br />
<strong>1.</strong> Em frases do tipo <strong>"Não o perca de vista"</strong>, esse "o" não é artigo, pois está substituindo o pronome "ele".<br />
<br />
O mesmo ensinamento vale para a seguinte situação: <strong>"A perda do treino certamente o deixará de fora do jogo, de sorte que pedimos que não o perca por nada"</strong>, haja vista que, no trecho "não o perca por nada", não temos um artigo, pois o "o" está substituindo a palavra "treino".<br />
<br />
<strong>2.</strong> Na frase <strong>"José está com perda de cabelo"</strong> não temos um artigo antes de "perda", porém é possível a presença do artigo sem que o sentido da mensagem seja alterado: <strong>"José está com uma perda de cabelo"</strong>.<br />
<br />
<strong>3.</strong> Observe que antes de "perca" nunca é possível um artigo. Basta reler os exemplos trazidos, bem como observar outros criados por você próprio.<br />
<br />
<br />
<br />Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-24531410201044814012015-01-31T18:57:00.000-08:002015-01-31T18:59:05.307-08:00OFÍCIO-CIRCULAR ou OFÍCIO CIRCULAR?<div style="text-align: justify;">
Essa é uma dúvida comum, principalmente entre os redatores de textos dos órgãos públicos. Frequentemente presenciamos a utilização das duas formas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Não encontramos nos dicionários, nem ainda no <em>Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa,</em> a palavra <em>ofício-circular</em> (com hífen).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A explicação é simples: a composição formada por substantivo + adjetivo não exige o hífen, diferentemente de substantivo + substantivo (como é o caso de ano-luz).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, o correto é escrever <em>ofício circular</em> (sem hífen).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>E quanto às iniciais, maiúsculas ou minúsculas?</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Acompanhado do respectivo número, escreva ambos os vocábulos com as iniciais maiúsculas: <em>Ofício Circular nº 10/2015</em>.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Desacompanhados do respectivo número, opte pelas iniciais minúsculas (exceto se iniciam uma frase - caso em que somente a primeira palavra tem a inicial maiúscula -, ou quando estejam em lugar de destaque, como no cabeçalho de um texto).</div>
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-64380578171454854482014-07-15T19:27:00.001-07:002017-07-08T20:52:04.894-07:00"ESTADO" SE ESCREVE COM INICIAL MAIÚSCULA OU MINÚSCULA?<div style="text-align: justify;">
A palavra "estado" tem alguns significados, mas estamos falando, evidentemente, do vocábulo referente ao governo, ao país, ao ente da federação, à entidade jurídica com natureza política.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A dúvida, que parece ser frequente, pode ser minimizada - ou mesmo desaparecer, quando atentarmos para uma regra simples.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Em se tratando de governo, país ou entidade jurídica com natureza política, deveremos usar sempre a inicial maiúscula</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O <em>Estado</em> nem se deu conta de que está sendo passado para trás.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A última Constituição do <em>Estado</em> brasileiro foi confeccionada num período de transição política.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O <em>Estado</em> tem o dever constitucional de promover a igualdade social.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns <em>Estados</em> da América do Sul parecem voltar no tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Por sua vez, tratando-se do ente federativo de um país, deveremos optar pela inicial minúscula:</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O <em>estado</em> do Ceará pertence ao Nordeste brasileiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Os <em>estados</em> nordestinos ocupam considerável porção do território nacional.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O Ceará tem recebido muitos turistas na última década. Esse feito se deve, quase em sua totalidade, às belas praias que nosso <em>estado</em> oferece.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Observação</strong>: Até bem pouco tempo era comum a recomendação para se usar, em todos os casos acima, a inicial sempre maiúscula. Todavia, gradativamente os meios de comunicação (e depois respeitáveis dicionários, como o Houaiss) passaram a adotar a regra a que nos referimos acima.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
. </div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-33174802204728035482014-05-08T16:15:00.000-07:002014-05-09T20:12:47.555-07:00APOLOGIA AO ou APOLOGIA DO? A REGÊNCIA DE APOLOGIADe acordo com o dicionário Houaiss, a regência de apologia é "de". Logo, dizemos:<br />
<br />
Apologia do crime<br />
Apologia dos direitos<br />
<br />
"Apologia" é, na verdade, a defesa de algo. E quem defende, faz a defesa de alguma coisa e não "a alguma coisa".Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-1262623861314525612014-01-25T06:09:00.000-08:002014-01-25T06:13:42.074-08:00A DIFERENÇA ENTRE ONDE E AONDE<div style="text-align: justify;">
De acordo com o ensinamento dos gramáticos, usamos <em>aonde</em> com verbos de movimento e <em>onde</em> com verbos de permanência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seriam verbos de movimentos, por exemplo, chegar, levar, ir. Exemplos de verbos de permanência seriam estar, morar, ficar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Note-se que os verbos de movimento acima mencionados são construídos com a preposição <em>a</em>, enquanto os de permanência com a preposição <em>em</em>. Assim, vejamos como fica a conjugação dos verbos apontados:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegar a algum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Levar a algum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ir a algum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Está em algum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Morar em algum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ficar em algum lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dadas as dicas em questão, basta verificar a regência a ser empregada, para em seguida escolhermos entre <em>onde</em> e <em>aonde</em>. Vejamos na prática:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegaremos aonde mesmo?</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei aonde levaram.</div>
<div style="text-align: justify;">
Irei aonde me pedir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fique onde você está.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta é a rua onde ela mora.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela está onde tem que ficar mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Outros exemplos</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Onde você colocou o livro? (Colocou o livro <em>em</em> algum lugar e não <em>a</em> algum lugar)</div>
<div style="text-align: justify;">
Dirigiu-se aonde? (Dirigiu-se <em>a</em> algum lugar e não <em>em</em> algum lugar)</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta é a casa onde ela nasceu e cresceu. (Nasceu e cresceu <em>em</em> algum lugar e não <em>a</em> algum lugar)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Observação</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Precedido de preposições, use sempre <em>onde</em>, mesmo que o verbo seja de movimento (e exija a preposição <em>a</em>):</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até onde ele foi não sei.</div>
<div style="text-align: justify;">
De onde você vem?</div>
<div style="text-align: justify;">
Para onde iremos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Deste modo, perceba a diferença</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem ela saiu do hospital, <em>aonde</em> deve retornar a fim de fazer novos exames.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem ela saiu do hospital, para <em>onde</em> deve retornar a fim de fazer novos exames.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Atenção</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando na mesma frase houver dois verbos que pedem preposições diferentes, empregue <em>onde</em> ou <em>aonde</em> de acordo com a regência do verbo a quem as palavras em questão estão complementando. De tal modo, completemos, na frase seguinte, o espaço vazio de acordo com este ensinamento:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dirigiu-se _______ ela está.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Note-se que temos <em>dirigiu-se a algum lugar</em> e <em>está em algum lugar</em>, a primeira com a regência <em>a</em> e a segunda construção com a regência <em>em</em>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O correto então é <em>Dirigiu-se aonde ela está</em>, pois <em>aonde</em> está complementando o verbo <em>dirigir</em>, que exige a preposição <em>a</em>, e portanto verbo de movimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-16813281833089917902013-11-30T16:01:00.001-08:002013-12-01T06:40:32.571-08:00AMIGO SECRETO OU AMIGO-SECRETO?As duas formas estão corretas, mas têm significados diferentes, daí o cuidado na hora de aplicá-las. Em se tratando da festa em si, o correto é "amigo-secreto" (com hífen). No entanto, cada um dos participantes é o "amigo secreto" (sem hífen).<br />
<br />
<strong>Vejamos as seguintes frases (com os empregos corretos dos referidos termos)</strong>:<br />
<br />
Amanhã acontecerá a festa do amigo-secreto.<br />
<br />
O José é meu amigo secreto.<br />
<br />
Já sei quem é minha amiga secreta, o que só aumentou minha ansiedade pelo tão sonhado dia do amigo-secreto.<br />
<br />
<strong>Atenção</strong>:<br />
<br />
O <em>Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa</em> registra somente "amigo-secreto", mas não traz seu significado, o que não é suficiente para se deduzir que não existe a forma "amigo secreto".<br />
<br />
O <em>Aurélio</em>, por sua vez, não consigna "amigo-secreto", mas "amigo-oculto" (que tem o mesmo significado).<br />
<br />
Discutindo o verbete <em>amigo</em>, o referido dicionário traz "amigo oculto" (sem hífen), e aponta seu significado como sendo cada um dos participantes da festa do amigo-oculto. Logo, fica evidente a diferença entre "amigo-secreto" e "amigo secreto".<br />
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-51815236805517790102013-10-08T18:40:00.002-07:002014-10-15T17:55:16.908-07:00O NOVO TRATAMENTO PROTOCOLAR PARA ADVOGADOS E DELEGADOS DE POLÍCIA<div style="text-align: justify;">
O tratamento dado aos delegados de polícia mudou depois da Lei nº 12.830, de 20 de junho de 2013, os quais deverão ser chamados de "excelência", mesmo tratamento dado aos defensores públicos, juízes e promotores de justiça.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Vejamos o que diz o artigo 3º da citada Lei</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados."</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Cabe observar, preliminarmente, que não se deve confundir o tratamento "excelência" com o título "doutor", tanto que a Lei em questão não faz menção a este último, razão por que, de acordo com o <em>Manual de Redação da Presidência da República</em>, somente quem tem doutorado deve receber tal deferência.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Depreende-se da mesma Lei, especialmente por seu artigo 2º, que a ascensão protocolar em relação aos delegados de polícia se deve à importante função exercida pelos mesmos, chamada na Lei de "essenciais e exclusivas do Estado".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Dos profissionais relacionados à prática jurídica, tínhamos, tradicionalmente, o tratamento "excelência" concedido somente a juízes e promotores de justiça.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>O artigo 41 da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público assim descreve</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Público, no exercício de sua função, além de outras previstas na Lei Orgânica:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário junto aos quais oficiem".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Quanto aos defensores públicos, consta da Lei Complementar 80/94 o seguinte:</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Art. 128. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei local estabelecer:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
XIII - ter o mesmo tratamento reservado aos Magistrados e demais titulares dos cargos das funções essenciais à justiça".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Merece destacar, em relação aos defensores públicos, que, mesmo diante dessa recomendação, diversos manuais de redação silenciam quanto a essa deferência, embora o dispositivo acima transcrito não comporte ambiguidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>No tocante aos advogados</strong>, o mesmo tratamento protocolar encontra amparo pelo processo de analogia, dado que, pela Constituição Federal (Art. 133), "o advogado é indispensável à administração da justiça...", mesmo tratamento institucional dado à Defensoria Pública, descrita na Constituição (Art. 134) como "instituição essencial à função jurisdicional do Estado".<br />
<br />
Não use "meritíssimo", pois é privativo de juízes de direito.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Nota</strong>: Quanto aos empregos das iniciais maiúsculas e minúsculas em títulos, axiônimos, pronomes de tratamento, cargos públicos, profissionais, etc., acesse a página na qual falamos detalhadamente sobre tais casos: <strong>Eis o link</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://portuguesdidatico.blogspot.com.br/2011/10/maiusculas-e-minusculas-novo.html">http://portuguesdidatico.blogspot.com.br/2011/10/maiusculas-e-minusculas-novo.html</a></div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com29tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-27464580961600852712013-08-20T18:30:00.000-07:002013-10-27T07:34:17.627-07:00OITAVAS-DE-FINAL ou OITAVAS DE FINAL? QUARTAS-DE-FINAL ou QUARTAS DE FINAL?Os seguintes termos (associados aos torneios por eliminação) são designados por escrito sem o hífen. Deste modo, devemos escrever:<br />
<br />
A oitava de final,<br />
A quarta de final e<br />
A semifinal.<br />
<br />
Os respectivos plurais são:<br />
<br />
As oitavas de final,<br />
As quartas de final e<br />
As semifinais.<br />
<br />
Fica evidente, portanto, que intercalado pela preposição <em>de</em>, o termo <em>final</em> não vai para o plural, somente o primeiro deles (oitavas e quartas).<br />
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-63143771970636188192013-06-23T19:02:00.003-07:002013-06-23T19:15:14.500-07:00A CONCORDÂNCIA VERBAL COM TÍTULOS DE OBRAS LITERÁRIAS<div style="text-align: justify;">
Geralmente o verbo fica no plural quando o título da obra literária está no plural, embora seja admitido o singular, principalmente quando a concordância é feita com o verbo <em>ser</em>. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
As <em>Cartas Persas</em> <em>é</em> de autoria do francês Montesquieu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>As Cartas Persas anunciam</em> o Espírito das Leis. (Manuel Bandeira)</div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>As Valkírias foi</em> publicada em 1992.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Os Sertões</em>, de Euclides da Cunham, <em>contam </em>a história de uma sangrenta guerra vivida no final do século 19. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Observação</strong>: A primeira e a terceira frases poderiam ser construídas com os verbos no plural, enquanto as duas outras frases com os verbos em destaque no singular. No entanto, por questão de estética e de eufonia, caso a concordância não se dê com os verbos <em>ser</em> e <em>estar</em>, melhor é utilizar a concordância no plural, como retratamos na segunda e na quarta frase acima.<br />
<br />
Finalmente, cabe observar que em "As Valkírias foi <em>publicado</em> em 1992" a concordância se dá a partir da ideia implícita de <em>livro </em>(ou seja, "O livro <em>As Valkírias</em> foi publicado em 1992").</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-36590570286553860532013-05-19T09:12:00.000-07:002013-05-19T16:42:46.500-07:00A CRASE ANTES DOS PRONOMES POSSESSIVOSDe acordo com a norma padrão, é facultativo o emprego da crase antes dos pronomes possessivos, uma vez é facultativo o artigo antes de tais pronomes.<br />
<br />
Na frase <em>Ela gostava <strong>de</strong> meus livros</em>, temos a preposição, mas não temos o artigo antes do pronome <em>meus</em>. Assim, a frase também estaria correta deste modo: <em>Ela gostava <strong>dos</strong> meus livros</em>, pois a presença do artigo "o" também é possível (de + o = dos).<br />
<br />
Do mesmo modo, em <em>Ela se referiu <strong>a</strong> minha opinião</em>, temos a preposição, mas não o artigo, daí a ausência da crase. Se, todavia, houver o emprego do artigo, a crase é de rigor: <em>Ela se referiu <strong>à</strong> minha opinião</em>.<br />
<br />
Os pronomes até aqui empregados são chamados de possessivos adjetivos, pois acompanham um substantivo. Quando não acompanham um substantivo (chamados de possessivos substantivos), a crase é obrigatória:<br />
<br />
<em>Ela se referiu <strong>a</strong> minha opinião e não <strong>à</strong> sua</em>.<br />
<br />
Temos, na frase logo acima, dois pronomes [<em>minha</em> (pronome adjetivo, pois está acompanhado do substantivo <em>opinião</em>) e <em>sua</em> (pronome substantivo, pois está desacompanhado de substantivo)]. No primeiro dos pronomes, temos a preposição, mas não temos o artigo (daí <em>referiu-se a minha</em>), enquanto no segundo, temos o artigo e a preposição (daí <em>e não à sua</em>).<br />
<br />
Vale ressaltar que a frase também poderia ser construída com duas crases, pois bastaria usar o artigo antes do pronome <em>minha</em>:<br />
<br />
<em>Ela se referiu <strong>à</strong> minha opinião e não <strong>à</strong> sua</em>.<br />
<br />
Cumpre destacar que modernamente o artigo tem sido empregado com maior frequência, daí a nossa recomendação para o emprego da crase, até para se evitar ambiguidade.<br />
<strong></strong><br />
<strong>O emprego facultativo também vale para o início das frases</strong>:<br />
<br />
<em>Os meus esforços foram recompensados</em>. (correto)<br />
<em>Meus esforços foram recompensados</em>. (correto)<br />
<br />
<strong>Ainda cabe uma última observação: se o pronome precede o nome de parentesco, não utilize a crase</strong>:<br />
<br />
<em>Referiu-se <strong>a</strong> minha mãe</em>.<br />
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-51946417717266443572013-03-10T09:35:00.001-07:002013-03-10T09:52:05.107-07:00EMPREGOS DO APÓSTROFO<div style="text-align: justify;">
Tentaremos sintetizar, de forma bastante objetiva, alguns empregos do apóstrofo a partir das prescrições do Acordo Ortográfico de 1990 (atualmente em vigor).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>1º -</strong> Posso escrever e ler <em>em Os Sertões </em>ou <em>n'Os Sertões.</em> Vejamos alguns casos possíveis:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Lê-se <em>em Os Sertões</em> sobre a Guerra de Canudos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Lê-se <em>n'Os Sertões</em> sobre a Guerra de Canudos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Observação 1:</strong> O emprego do apóstrofo exige a consoante <em>n</em> na forma minúscula, salvo se iniciar uma frase.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A mesma regra vale para <em>em Os Lusíadas</em> e <em>n'Os Lusíadas</em>.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Observação 2:</strong> Quando não utilizamos o apóstrofo, devemos ter muito cuidado na hora de empregar, na forma escrita, a preposição que antecede o título de uma obra iniciada por artigo (como <em>Os Sertões</em>, por exemplo):</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Referiu-se a <em>Os Sertões</em>. (e não <em>aos Sertões</em>, nem <em>ao Os Sertões</em>)</div>
<div style="text-align: justify;">
Lê-se em <em>A República </em>toda a utopia política de Platão. (e não <em>na República</em>)</div>
<div style="text-align: justify;">
Referiu-se a <em>A República</em>. (e não <em>à República</em>)</div>
<div style="text-align: justify;">
A Guerra de Canudos está contida também em <em>Os Sertões</em>. (e não <em>nos Sertões</em>)</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O motivo da exigência é simples: havendo a contração ou a combinação, fica comprometido o exato título da obra. Assim, se o título correto é <em>A República</em>, escrevendo-se <em>na República</em>, estaríamos dizendo que o nome da obra é somente <em>República</em>, o que seria um erro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong></strong> </div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>O texto do acordo abre uma ressalva</strong> somente para os casos de leitura, quando também estariam corretas as construções consideradas erradas na escrita, as quais foram utilizadas logo acima. Segue, pois, que, por questão de agrado auditivo (eufonia), eu poderia ler (e não escrever):</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Referiu-se <em>aos Sertões</em>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Lê-se <em>na República</em> toda a utopia política de Platão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Referiu-se à República.</div>
<div style="text-align: justify;">
A Guerra de Canudos está contida também <em>nos Sertões</em>.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong></strong> </div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>2º -</strong> Referindo-se a Deus, a Jesus, à mãe de Jesus e à Providência, obrigatoriamente devemos escrever (e ler), quando optarmos pelo apóstrofo:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A salvação só poderá vir <em>d'Ele</em>. (de Jesus ou de Deus)</div>
<div style="text-align: justify;">
Está <em>n'Ela</em>, aos pés da cruz, a marca do sofrimento materno. (da mãe de Jesus)</div>
<div style="text-align: justify;">
Hitler sempre confiou na Providência, e via <em>n'Ela</em> a chance de reverter o destino que o celou.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Observação 1</strong>: Referindo-se aos mesmos personagens, devemos escrever (quando não utilizarmos o apóstrofo) com iniciais minúsculas os vocábulos correspondentes:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A salvação só poderá vir <em>Dele</em>. (de Jesus ou de Deus)</div>
<div style="text-align: justify;">
Está <em>Nela</em>, aos pés da cruz, a marca do sofrimento materno. (da mãe de Jesus)</div>
<div style="text-align: justify;">
Hitler sempre confiou na Providência, e via <em>Nela</em> a chance de reverter o destino que o celou.<br />
<br />
<strong>Observação 2</strong>: Esta regra não vale para os demais santos católicos, nem para os personagens de outra religião e muito menos para quaisquer outros personagens históricos, por mais ilustres que sejam. Certamente estamos diante de um caso de flagrante influência que o cristianismo ainda exerce nos países signatários do presente Acordo.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>3º -</strong> Nos compostos tradicionalmente escritos com o dito apóstrofo: cobra-d'água, olho-d'água, galinha- -d'água, caixa-d'água, estrela-d'alva, mãe-d'água, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>4º -</strong> Não se utiliza o apóstrofo em construções do tipo: destas, daquela, daqueloutro, dacolá, dantes, dalgum (de algum), doutro, doutrora, doutrem, etc.</div>
<br />
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-26930922462108928502013-02-17T14:05:00.002-08:002013-02-17T18:23:36.979-08:00À MEDIDA QUE ou NA MEDIDA EM QUE?<div style="text-align: justify;">
Há uma diferença considerável entre as locuções <em>à medida que</em> e <em>na medida em que</em>. Basta atentarmos para o fato de que <em>à medida que</em> se aplica quando nos referimos à ideia de proporção, ao passo que <em>na medida em que</em> à ideia de causa ou condição.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos analisar as três frases abaixo:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>1</strong> - <strong>À medida que</strong> se estuda, mais se amplia o conhecimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>2</strong> - O corte no orçamento é injusto, <strong>na medida em que</strong> afeta principalmente a classe trabalhadora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>3</strong> - O último portão só deverá ser aberto <strong>na medida em que</strong> efetivamente ajudar a aumentar o fluxo dos visitantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira das frases nos remete ao sentido de proporção; a segunda, de causalidade; a terceira, de condição.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O método prático para se saber qual locução usar é o seguinte: substitua as referidas locuções por <em>à proporção que</em>, <em>desde que</em> (ou <em>pois</em> ou <em>porque</em>) e por <em>se.</em> Vamos fazer as substituições na ordem apresentada:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>1</strong> - <strong>À proporção que</strong> se estuda, mais se amplia o conhecimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>2</strong> - O corte no orçamento é injusto, <strong>pois</strong> afeta principalmente a classe trabalhadora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>3</strong> - O último portão só deverá ser aberto <strong>se</strong> efetivamente ajudar a aumentar o fluxo dos visitantes.<br />
<br />
Sempre que se puder usar <em><strong>à proporção que</strong></em>, use<strong><em> à medida que</em></strong> (e não <em><strong>na medida em que</strong></em>). Por sua vez, sempre que se puder empregar <strong><em>se</em></strong> ou <strong><em>pois</em></strong> ou <em><strong>porque</strong></em>, use <strong><em>na medida em que</em></strong> (e nunca <strong><em>na medida que</em></strong> nem <strong><em>à medida que</em></strong>). Não existe a locução <strong><em>na medida que</em></strong>.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Ficou demonstrado, portanto, que as substituições não alteraram o sentido das frases originais, de modo que as locuções foram devidamente aplicadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
. </div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-10675138158304141822013-01-24T14:57:00.002-08:002013-01-24T17:24:40.565-08:00ERA PERTO ou ERAM PERTO DE CINCO HORAS?De acordo com Cegalla, "Estando a expressão que designa horas precedida da locução <em>perto de</em>, hesitam os escritores entre o plural e o singular".<br />
<br />
Assim, ainda citando Cegalla, <strong>Machado de Assis</strong> utilizou as duas opções:<br />
<br />
"Eram perto de oito horas" e "Era perto das duas horas quando saiu da janela",<br />
<br />
enquanto <strong>Eça de Queiroz</strong> assim escreveu:<br />
<br />
"...era perto das cinco quando saí".<br />
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-11856816183836404952013-01-12T02:22:00.001-08:002013-01-12T02:26:05.688-08:00COMPARECER A ou COMPARECER EM?<div style="text-align: justify;">
Na linguagem padrão se recomenda <em>comparecer a </em>e não <em>comparecer em</em>. Assim, são incorretas as frases do tipo:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Intime-se o réu, a fim de que compareça <u>na</u> sala de audiências.</em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Ele compareceu <u>no</u> Fórum pontualmente às 10 horas.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>De acordo com a regra devemos escrever corretamente</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Intime-se o réu, a fim de que compareça <u>à</u> sala de audiências.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Ele compareceu <u>ao</u> Fórum pontualmente às 10 horas.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Vale ressaltar que se deve atentar para o correto emprego da preposição (com ou sem crase ou realizando a combinação a + o = ao), conforme fizemos nos dois exemplos citados.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Conforme é visto em muitos expedientes forenses, é comum o emprego incorreto da preposição "em", como na frase escrita logo no início desta postagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra aparente dúvida se deve quanto ao emprego da regência do verbo chegar, razão por que frequentemente alguns indagam se devemos escrever "Chegou a Fortaleza", "Chegou em Fortaleza" ou ainda "Chegou à Fortaleza".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre este assunto recomendamos o que escrevemos noutra ocasião (clique no link abaixo):</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://portuguesdidatico.blogspot.com.br/2012/09/chegar-ou-chegar-em-ir-ou-ir-em.html">http://portuguesdidatico.blogspot.com.br/2012/09/chegar-ou-chegar-em-ir-ou-ir-em.html</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-89022734033397317202012-12-02T09:04:00.000-08:002012-12-02T09:04:03.829-08:00PAPAI NOEL ou PAPAI-NOEL?<div style="text-align: justify;">
Consideremos a frase logo abaixo, escrita corretamente quanto aos empregos do hífen e das iniciais maiúsculas e minúsculas:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>A criança recebeu, na noite de Natal, um papai-noel do Papai Noel.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira indagação a ser feita seria sobre a possibilidade de escrevermos o vocábulo em questão com ou sem hífen, bem como se seria possível o emprego de ambas as iniciais: maiúsculas e minúsculas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos às respostas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em se tratando do personagem folclórico natalino, devemos escrever <em>Papai Noel</em> (sem hífen e com as iniciais maiúsculas - neste caso por se tratar de um nome próprio, mesmo fictício, conforme recomenda o novo acordo ortográfico). O itálico, aqui, é mero destaque.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Já o vocábulo <em>papai-noel</em> (com hífen e com iniciais minúsculas) significa "presente de Natal", daí as diferenças do outro vocábulo acima mencionado.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Vale ressaltar que o segundo termo não é usado no dia a dia (muito menos na época apropriada), razão por que - acreditamos - praticamente nem é disseminado pelos mais diversos meios de comunicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente, cabe a observação de que o <em>Volp</em> registra <em>papai-noel</em>, mas não traz seu significado. Daí a necessidade de uma consulta a um renomado dicionário (como o <em>Aurélio</em>, que explica essa diferença).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-69338839087377471342012-11-11T08:27:00.004-08:002012-11-11T08:29:44.067-08:00AS MILHARES ou OS MILHARES DE PESSOAS?<div style="text-align: justify;">
<em>Milhares</em>, <em>milhões</em> e <em>bilhões</em> deverão ser escritos no masculino. Sempre no masculino.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Os vocábulos em questão são classificados, de acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, como numerais e substantivos masculinos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, os numerais, pronomes e artigos que os antecedem não podem ficar no feminino. Vejamos algumas frases corretas:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Estão armazenados no armazém <u>dois</u> milhares de sacas de feijão.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em> </em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><u>Os dois</u> milhares de plantas foram destruídos.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em> </em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><u>Os</u> bilhões de criaturas humanas em breve brigarão por água potável.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em> </em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><u>Alguns</u> milhares de casas não estão dignas de moradia.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em> </em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><u>Os</u> milhares de pessoas se amontoavam como nunca visto antes.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<strong>Observação</strong>: Quando o sujeito da oração for um desses vocábulos, o particípio ou o adjetivo podem concordar no feminino, dada a atração com o substantivo feminino plural.<br />
<br />
De tal modo, está justificada a concordância que fizemos no penúltimo exemplo. Observe que não usamos "dignos" e sim "dignas". Atente que nos demais exemplos sempre empregamos a forma masculina.<br />
<br />
<strong>Pela mesma regra, poderíamos escrever</strong>:<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<em>Estão <u>armazenadas</u> no armazém dois milhares de sacas de feijão.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Os dois milhares de plantas foram <u>destruídas</u>.</em><br />
<br />
<em>Os bilhões de criaturas humanas em breve brigarão por água potável.</em><br />
<br />
<em>Alguns milhares de casas não estão <u>dignos</u> de moradia. </em>(Forma menos recomendada, por questão de eufonia)<br />
<br />
Por questão de eufonia e estética, é que nesta última frase (a mesma penúltima das primeiras apontadas) recomendamos o emprego feminino e não o masculino. Nos demais casos, o masculino tem nossa recomendação.<br />
<br />
<strong>Mas atenção</strong>: Perceba que os vocábulos escritos antes de <em>milhares</em>, <em>milhões</em> e <em>bilhões</em> permanecem no masculino, ainda que os particípios fiquem no feminino.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-65845772209524830992012-10-21T19:07:00.000-07:002012-10-21T19:07:12.458-07:00É CORRETO DIZER "A EMPRESA INDENIZARÁ OS PREJUÍZOS"?<div style="text-align: justify;">
Não, não é correto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diz-se corretamente: <em>A empresa indenizará o funcionário pelos prejuízos</em>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também não se deve dizer: <em>A empresa indizerá ao funcionário pelos prejuízos</em>, uma vez que o verbo <em>indenizar</em> é transitivo direto de pessoa e, quando indireto, de coisa:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Indenizei o colega dos gastos feitos na viagem.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Consequentemente, são desaconselhadas as seguintes construções</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Os prejuízos do funcionário foram indenizados pela empresa. </em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>O funcionário teve os prejuízos indenizados pela empresa.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Mas atenção</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
As duas últimas construções acima citadas são costumeiramente adotadas por alguns meios de comunicação, daí encontrarmos manchetes como "Prejuízos causados por _____ são indenizados"<em>.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em></em> </div>
<div style="text-align: justify;">
<em>.</em></div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-8141126506928450342012-09-29T20:01:00.003-07:002012-09-29T20:04:15.205-07:00A MAIÚSCULA E A MINÚSCULA NOS NOMES COMPOSTOS<div style="text-align: justify;">
Nomes compostos podem ser escritos com ou sem hífen, e podem ainda ter suas iniciais maiúsculas ou não. Vejamos algumas situações:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Devo escrever "Ela é uma maria vai com as outras" ou "Ela uma Maria vai com as outras"? "Sexta-feira iremos à festa" ou "Sexta-Feira iremos à festa"? "Lá vem o Ursinho de Pelúcia" ou "Lá vem o ursinho de pelúcia"?</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos às regras.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A Base XIX, 2º, do último Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, diz que os antropônimos (reais ou fictícios) devem ter suas iniciais maiúsculas. Ou seja, os nomes de registro e os apelidos têm as iniciais maiusculizadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Suponhamos que "ursinho de pelúcia" seja o apelido de determinada pessoa. Diremos, então: "Estamos sentindo a falta <strong>do</strong> Ursinho de Pelúcia". Este mesmo composto deixaria ter suas iniciais maiúsculas se, em vez de tratar essa pessoa pelo apelido, houvesse a designação de um modo carinhoso ao se dirigir a ela, como a uma pessoa especial: "Lá vem meu ursinho de pelúcia".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Como se vê nesta última acepção, não temos um apelido, mas uma expressão carinhosa, uma interpelação afável.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de qualquer decisão acerca de qual inicial usar (se maiúscula ou não) devemos atentar para o tipo de substantivo, se próprio ou comum. Este, no caso, é sempre escrito com a inicial minúscula, ainda que dele faça parte um único substantivo próprio.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Exemplos</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Ela é uma maria vai com as outras" (e não: <em><strong>M</strong>aria vai com as outras</em>).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Isto é um deus nos acuda" (e não: <em>Isto é um <strong>D</strong>eus nos acuda</em>).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>Doutro modo, o correto é</strong>:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Que <strong>D</strong>eus nos acuda!", pois não temos elementos compostos. Nos compostos com substantivos comuns (p. ex.: <em>sexta-feira</em>) as iniciais minúsculas são de rigor, a menos que estejam em início de frase, em cuja situação somente a inicial do primeiro elemento é maiusculizada: "<strong>S</strong>exta-<strong>f</strong>eira iremos ao clube".</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-28413594963370469802012-09-14T17:44:00.005-07:002013-01-12T02:07:00.567-08:00CHEGAR A ou CHEGAR EM?Na língua padrão, a regência verbal de "chegar" exige a preposição "a" e não a preposição "em". Assim, vejamos algumas construções corretas:<br />
<br />
Chegamos <em>a</em> Quixadá hoje cedo. (e não <em>Chegamos </em>em<em> Quixadá</em>)<br />
<br />
Chegamos <em>ao</em> restaurante pontualmente. (e não <em>Chegamos </em>no<em> restaurante</em>)<br />
<br />
Chegamos <em>a</em> Fortaleza com meia hora de atraso. (e não <em>Chegamos </em>em<em> Fortaleza</em>)<br />
<br />
Ao chegarmos <em>ao</em> local combinado, fomos surpreendidos. (e não <em>Ao chegarmos </em>no<em> local</em>)<br />
<br />
Quando chegamos <em>à</em> piscina, todos já haviam saído. (e não <em>Quando chegamos </em>na<em> piscina</em>)<br />
<br />
<br />
<strong>Atenção</strong>: A regra vale para outros verbos que designam movimentos (ir, vir, voltar...):<br />
<br />
<br />
Fomos <em>à</em> praia. ( e não <em>Fomos </em>na<em> praia</em>)<br />
<br />
Voltamos <em>ao</em> local do acidente. (e não <em>Voltamos </em>no<em> local</em>)<br />
<br />
<br />
<strong>Observação</strong>: Na linguagem coloquial é admitido o emprego da preposição "em", porém evite-o na linguagem escrita e na linguagem falada em ocasiões que exigem a língua padrão.<br />
<br />
<br />
<strong>Nota</strong>: Quando usados como intransitivos, em construções do tipo "Chegamos cedo", temos um sujeito (nós), um verbo intransitivo (chegamos) e um adjunto adverbial (cedo), razão por que não se exige a preposição.<br />
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com40tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-32484578552752079392012-08-04T20:13:00.001-07:002012-08-11T07:26:52.969-07:00TENHO MUITO QUE FAZER ou TENHO MUITO O QUE FAZER?Analise as seguintes proposições:<br />
<br />
I - Priscila tem <i>muito o que</i> fazer.<br />
II - Priscila tem <i>muito que</i> fazer.<br />
III- Priscila não <i>sabe que</i> fazer.<br />
IV - Priscila não <i>sabe o que</i> fazer.<br />
<br />
De acordo com o que recomenda a língua padrão, assinale a opção verdadeira:<br />
<br />
a) ( ) Todas as proposições estão corretas.<br />
b) ( ) Somente as proposições I e IV estão corretas.<br />
c) ( ) Somente as proposições II e III estão corretas.<br />
d) ( ) Somente as proposições II e IV estão corretas.<br />
e) ( ) Somente as proposições I e III estão corretas.<br />
<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">RESPOSTA</span></strong>: As opções II e IV são as duas corretas.<br />
<br />
Sendo empregado um dos pronomes (mais, muito, pouco, nada) antes do "que", não se faz necessária a presença do pronome "o":<br />
<br />
Priscila tem<em> pouco que</em> fazer.<br />
<br />
Priscila tem <em>mais que</em> fazer.<br />
<br />
<strong>Errado, portanto</strong>:<br />
<br />
Priscila tem <em>pouco o que</em> fazer.<br />
<br />
Priscila tem <em>mais o que</em> fazer.<br />
<br />
<strong>Nos demais casos</strong>, temos o pronome demonstrativo "o:<br />
<br />
Priscila não <em>sabe o que</em> fazer.<br />
<br />
Priscila <em>sabe o que</em> fazer.<br />
<br />
Priscila <em>tem o que</em> fazer. (Note a diferença: Priscila <em>tem</em> <em>mais que</em> fazer.)<br />
<br />
<em>Sei o que</em> fazer. (E não: <em>Sei que</em> fazer.)<br />
<br />
.<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-88442731426205097532012-06-11T18:33:00.001-07:002012-06-30T19:29:12.290-07:00"EU NEGOCEIO" ESTÁ CORRETO?<div style="text-align: justify;">
Analisemos as seguintes proposições:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
I - Eu negocio diretamente com o cliente.</div>
<div style="text-align: justify;">
II - Eu negoceio diretamente com o cliente.</div>
<div style="text-align: justify;">
III - Eu premio o vencedor.</div>
<div style="text-align: justify;">
IV - Eu premeio o vencedor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aponte, agora, a única opção verdadeira:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>a)</b> ( ) As quatro proposições estão corretas, uma vez que o novo Acordo sancionou a segunda e a quarta frases.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>b)</b> ( ) Somente a segunda e a quarta proposições estão corretas, uma vez que o novo Acordo passou a condenar a primeira e a terceira alternativas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>c)</b> ( ) O novo Acordo não mexeu com os verbos em questão, de modo que permanecem como verdadeiras somente as construções I e III.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>d)</b> ( ) A nova mudança consiste no seguinte: a sílaba tônica passa a ser na mesma sílaba tônica do substantivo correspondente, surgindo, então as seguintes construções: eu negócio e eu prêmio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>e)</b> ( ) Há somente uma proposição errada.<br />
<br />
<br />
<b style="color: red;">Resposta</b>: A alternativa "a" é a verdadeira.<br />
<br />
Diz a alínea "e" (parte final) da Base V do Acordo de 1990:<br />
<br />
"...Existem, no entanto, verbos em <i>-iar</i>, ligados a substantivos com as terminações átonas <i>-ia</i> ou <i>-io</i>, que admitem variantes na conjugação: <i>negoceio </i>ou <i>negocio</i> (cf. <i>negócio</i>); <i>premeio</i> ou <i>premio</i> (cf. <i>prémio/prêmio</i>); etc.".<br />
<br />
Mesmo sendo corretos os empregos "Eu negoceio" e "Eu premeio", dificilmente passaremos a adotá-los, porque do ponto de vista estético não nos parece algo familiar, senão algo que foge à norma padrão. Mas as duas formas estão corretas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8746367569151247820.post-8083741786738635122012-05-23T19:23:00.002-07:002012-07-30T19:14:47.967-07:00A MAIORIA ERA ou A MAIORIA ERAM?<span style="font-size: small;">Analisemos as seguintes proposições:</span><br />
<br />
<b>I</b> - A maioria gostam de estudar.<br />
<b>II</b> - A maioria gosta de estudar.<br />
<b>III</b> - A maioria eram estudantes.<br />
<b>IV</b> - A maioria era estudantes.<br />
<br />
Sobre o emprego da concordância verbal, assinale a única opção verdadeira:<br />
<br />
<b>a)</b> ( ) As quatro alternativas estão corretas.<br />
<b>b)</b> ( ) As alternativas I e III estão erradas.<br />
<b>c)</b> ( ) As alternativas II e IV estão corretas.<br />
<b>d)</b> ( ) As alternativas I e IV estão erradas.<br />
<b>e)</b> ( ) Há somente uma alternativa errada.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b style="color: red;">Resposta</b>: Tratando-se do verbo "ser", se o sujeito é uma palavra (ou expressão) de sentido coletivo, e sendo o predicativo um substantivo no plural, o verbo fica no referido plural.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, o correto é "A maioria eram estudantes".<br />
<br />
Se, no entanto, a palavra de sentido coletivo vier especificada, posso deixar o verbo no singular ou no plural:<br />
<br />
"A maioria dos presentes <b>eram</b> estudantes" e "A maioria dos presentes <b>era</b> estudantes".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Não se tratando do verbo "ser", o singular é de rigor desde que a palavra de sentido coletivo não venha especificada, como no seguinte exemplo: "A maioria gosta de estudar".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, havendo a especificação acima mencionada, são lícitas as duas construções seguintes:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"A maioria dos candidatos <b>gosta</b> de estudar" e "A maioria dos estudantes <b>gostam</b> de estudar".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A opção "d" é a resposta do problema.</div>
<br />
.Robério Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/10567676928843185279noreply@blogger.com4